O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) suspendeu as autorizações automáticas para o caça de javalis no noroeste do Rio Grande do Sul.
A decisão ocorreu após a Operação Pumba, realizada entre os dias 4 e 8 de novembro, identificar fraudes no Simaf (Sistema de Informação de Manejo de Fauna), e foi anunciada no último dia 18.
O Ibama suspendeu a caça nas áreas no entorno do Parque Estadual do Turvo e da Terra Indígena Nonoai, requerendo agora comprovação da ocorrência de javalis para novas liberações, conforme informou Diara Sartori, superintendente do Ibama no estado.
Segundo o órgão, as investigações revelaram irregularidades nas autorizações de controle de javalis, incluindo inserções fraudulentas no sistema para obtenção de permissões sem o consentimento de proprietários rurais.
Além disso, foi constatado que alguns controladores usavam as autorizações como justificativa para aquisição ou manutenção de porte de armas.
Durante a operação, agentes ambientais notificaram 41 controladores a apresentar documentações que comprovem a regularidade das autorizações emitidas.
Embora o abate de javalis seja permitido no Brasil devido aos danos ambientais e agrícolas causados pela espécie, a prática precisa seguir normas rigorosas para evitar abusos e garantir a gestão sustentável da atividade, diz o Ibama.