Em .308 Winchester

Fire Eagle mostra seu primeiro fuzil de precisão; saiba quanto pode custar

Reaper foi apresentado em protótipo durante a Shot Fair; fábrica também mira mercado institucional

O protótipo do Reaper, fuzil de precisão da Fire Eagle (Pedro Pligher/Shot Fair)
O protótipo do Reaper, fuzil de precisão da Fire Eagle (Pedro Pligher/Shot Fair)

O mercado de armas, tanto para o público CAC (Caçador, Atirador e Colecionador), como o mercado policial e militar, pode ganhar um novo fuzil brasileiro de precisão no ano que vem.

A Fire Eagle Armory, renomada fabricante fuzis da cidade de Esteio (RS), apresentou o protótipo do Reaper, fuzil de ação por ferrolho no calibre .308 Winchester, durante a 4ª edição da Shot Fair, realizada em São Paulo, durante o mês de julho.

“Há cerca de um ano e meio começamos a fazer um trabalho muito forte dentro das instituições [policiais e militares] e visualizamos uma lacuna, uma necessidade de armas para tiro de precisão”, diz Leonardo Borges, diretor de marketing da fabricante gaúcha, em entrevista ao THE GUN TRADE.

Ele conta que a empresa, que já participa de licitações para o mercado institucional, está atenta aos movimentos nas forças armadas. “A Marinha já está em processo de substituição. Na LAAD (Latin America Aerospace and Defence, uma das maiores feiras de defesa do mercado) no ano passado, fomos consultados por eles”, conta Borges, relatando que a Fire Eagle já fez contato também com a FAB (Força Aérea Brasileira) e com o Exército, com quem já realizou demonstrações de equipamentos.

Preço vai depender de fornecedores (e do dólar)

Ainda não há uma definição precisa sobre o preço da nova arma, mas a companhia quer que chegue ao consumidor por volta de R$ 35.000, explica Borges. No entanto, ele salienta que é difícil mensurar o valor no momento.

Temos partes importadas, e nesse meio do tiro de precisão, o público que entende tecnicamente desse tipo de produto sabe o quão valioso é utilizar um cano de uma marca renomada, um gatilho de uma marca renomada“, diz, colocando que tudo vai depender das fabricantes escolhidas para compor as peças do rifle. “Temos três opções de marcas. Queremos buscar sempre os fabricantes de referência no setor”, coloca o diretor, citando ainda a diferença do ICMS nos estados, e que a alta valorização do dólar nesse ano tem atrapalhado a precificação final dos produtos.

Shot Show inspirou produto

Segundo Borges, uma visita à Shot Show 2021, maior feira de armas do mundo, realizada nos EUA, também fez a empresa vislumbrar a importância de um rifle do tipo no mercado. “Visualizamos que os fuzis de ferrolho com chassi de alumínio eram uma tendência. Vimos isso nos grandes fabricantes”, diz.