Os CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores) deverão ter um escrutínio mais rígido no ano que vem, quando a Polícia Federal assumir o controle da categoria, segundo declarou, nesta quarta-feira (23), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
“Vamos reexaminar, reavaliar a situação, quando vier para nós [para a Polícia Federal], de cada um dos CACs. E vamos fazer uma triagem rigorosa para saber se realmente a pessoa que se diz filiada a um desses CACs tem antecedentes criminais, se tem condições psicológicas, se tem condições técnicas para portar uma arma”, disse Lewandowski após um evento no Ministério da Justiça.
Ele foi indagado a respeito do caso de um CAC em Novo Hamburgo (RS), que matou o pai, irmão e um policial, além de ferir outras 9 pessoas, incluindo sua mãe. O atirador tinha histórico de esquizofrenia e foi internado quatro vezes.
Segundo Lewandowski, o caso é “resultado da proliferação indiscriminada de armas de fogo que existe na sociedade brasileira”.
Indagado sobre a atuação do Exército no caso, o ministro afirmou que a força armada tomou ‘seus cuidados’, mas que “o número de CACs é tão grande aqui no Brasil que talvez a instituição tenha alguma dificuldade técnica para fazer um controle mais rigoroso”.
Polícia Federal vai assumir categoria em 2025
A PF deve assumir o controle dos CACs a partir de janeiro do ano que vem.
O Exército Brasileiro anunciou, na última semana, que já está na última fase da transferência dos atiradores esportivos, com um novo sistema sendo introduzido na força policial.
O THE GUN TRADE mostrou que a PF vai contratar cerca de 500 funcionários terceirizados para realizar os processos dos CACs.